Voltar para Notícias
Categorias:
Tags: Biocombustível, economia, etanol, Meio Ambiente, sustentabilidade
Publicado em: 04 outubro 2022

Etanol: solução imediata para a mobilidade sustentável

As mudanças na mobilidade urbana avançam enquanto o mundo passa por uma transição em busca de alternativas aos combustíveis fósseis. Neste contexto, o Brasil tem muito a contribuir para uma economia de baixo carbono global, com a exportação da tecnologia veicular do etanol de cana-de-açúcar.

Em entrevista ao programa Capital & Mercado, da BandNews, apresentado pelo jornalista e diretor de Relações Institucionais do Grupo Bandeirantes, Marcelo D’Angelo, o presidente do Conselho de Administração da Copersucar, Luis Roberto Pogetti, destacou o momento de mudanças tecnológicas que a mobilidade urbana está passando em todo o planeta. “Quando falamos de veículos movidos a partir de energia elétrica, é importante avaliar qual a fonte usada para a geração dessa energia. O Brasil conta com 44,7% de sua matriz energética composta por energia gerada por fontes limpas, ou seja, não fósseis. A média mundial é de 15%”, destacou.

No Brasil, um veículo elétrico emitiria, proporcionalmente, a mesma quantidade de carbono que um carro movido a combustão e abastecido com etanol, já que a eletricidade gerada em nosso país é, majoritariamente, originada em fontes renováveis. Já na Europa, onde a matriz energética não é tão limpa quanto a brasileira, a intensidade de carbono de um automóvel elétrico é o dobro do que a do mesmo meio transporte abastecido no Brasil.

Solução pronta e disponível

Outro ponto para o qual Pogetti chamou a atenção é que , do ponto de vista de utilização energética e mitigação de emissões, o etanol é uma solução pronta e disponível, enquanto a adoção em larga escala do carro elétrico ainda depende de grandes desafios, tais como competitividade de preço dos veículos, longevidade de bateria e demanda de investimentos relevantes em infraestrutura de distribuição eficiente de energia elétrica.

O posicionamento é endossado pelo presidente e CEO da União da Indústria da Cana-de-açúcar e Bioenergia (UNICA). “Quando falamos de mobilidade sustentável, devemos ter em nossas mãos todas as rotas tecnológicas possíveis e aplicá-las segundo as condições ambientais, sociais e econômicas” informa Evandro Gussi. “No Brasil, o etanol é uma rota tecnológica para a descarbonização bastante adequada para as nossas características agroclimáticas e dimensão continental”, acrescenta.

Para o líder de umas principais entidades representativas das produtoras nacionais de açúcar, etanol e bioeletricidade, o Brasil é exemplo para diversos países que utilizam o etanol como alternativa energética veicular. “Em 2021, o Reino Unido decidiu ampliar a mistura de etanol à gasolina de 5% para 10%, e a Índia pretende chegar a 2025 com 20% de mistura, meta antecipada em cinco anos. Mais de 60 países adotam ações semelhantes”, destaca Gussi.

Na visão do chairman da Copersucar, não há uma solução única para todo o mundo quando o assunto é sustentabilidade da mobilidade urbana. “No contexto atual, o carro elétrico pode não ser aplicável mundialmente, mas novas tecnologias vêm sendo desenvolvidas. O carro híbrido é um deles, em que se usa o motor elétrico apoiado pelo etanol”, frisa Luis Pogetti. Na entrevista, ele também falou sobre o papel do açúcar para a segurança alimentar, no combate ao aquecimento global, na economia circular e nas exportações brasileiras, temas em que a Copersucar tem se destacado no cenário mundial.

Clique aqui e assista a entrevista completa.