Formação do jovem vai muito além da escola tradicional
No próximo dia 28/4, quarta-feira, comemora-se o dia mundial da educação. A data foi instituída por líderes de 164 países – incluindo o Brasil – durante o Fórum Mundial realizado em Dakar, em 2000. Mesmo não oficializado no calendário da Organização das Nações Unidas (ONU), o dia ficou marcado por simbolizar o compromisso dessas nações com o desenvolvimento da educação.
Nesse cenário, já é consenso que a formação da população de um país não pode ficar apenas na mão do governo e das escolas tradicionais. A contribuição da iniciativa privada e do terceiro setor como agentes importantes no progresso da educação tem revelado grande importância para o desenvolvimento do jovem brasileiro, principalmente, aquele que está em situação de fragilidade.
Um bom exemplo dessa atuação vem do Conecta, projeto social Copersucar, líder global na comercialização de açúcar e etanol, em parceria com o Instituto Crescer, instituição que atua na área da educação. A iniciativa trabalha com integrantes das comunidades e indivíduos em vulnerabilidade nas cidades onde a empresa tem atuação direta – Santos, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto -, com o objetivo de impulsionar a transformação social e conhecimento integral do cidadão por meio de ações que envolvem empreendedorismo, qualificação profissional, educação, esporte, saúde, arte e cultura.
São mais de cinco anos de trabalho social, impactando diretamente mais de 1500 jovens e adolescentes que se formaram em cursos de qualificação profissional ou participaram das oficinas esportivas e de arte educação. Outras 26 mil pessoas ainda foram beneficiadas e influenciadas pelos fóruns em roda, cafés culturais e feiras de empreendedorismo, peças de teatro e pelas ações voluntárias promovidas pelos próprios alunos.
“Quando falamos em desenvolvimento de pessoas, muitas empresas focam na atração e retenção de talentos. Aqui na Copersucar, nós vamos além: acreditamos na contribuição da empresa em uma etapa anterior, ou seja, na formação dos futuros profissionais. E é exatamente com este propósito, que procuramos trazer prosperidade para as comunidades mais necessitadas, reforçando a importância do empreendedorismo, de forma a cuidar e contribuir com o desenvolvimento dos locais onde atuamos. Para muitos jovens de baixa renda, o Conecta é a chance de entrar no mercado de trabalho ou progredir com um negócio próprio”, comenta Monica Jaén, gerente de sustentabilidade e meio ambiente da Copersucar.
De acordo com a diretora do Instituto Crescer, Dra. Luciana Allan, o Conecta procura utilizar mecanismos de engajamento com as comunidades e fomento ao desenvolvimento local. “O objetivo é potencializar aspectos intelectuais, políticos, sociais, afetivos, físicos e éticos, por meio de aulas de formação, feiras de empreendedorismo, cursos, fóruns, ações culturais e práticas voluntárias e esportivas”, completa.
Adaptação durante a pandemia
Mesmo com o isolamento social provocado pela pandemia, a Copersucar e o Instituto Crescer não deixaram de acreditar na importância do programa social. Foi preciso adaptar as atividades à nova realidade, com o desafio de manter tanto a oferta como a qualidade do serviço, além de conservar a aprendizagem através do experimento prático. Utilizando o sistema de educação híbrida aliado ao uso da tecnologia e o incentivo financeiro, o Conecta não parou de investir na educação.
“Percebemos que muitos alunos possuíam dificuldades com tecnologia e criamos mentorias individuais para dar assistência e suporte. Para mais de 70% dos estudantes, disponibilizamos crédito para ter acesso à internet móvel e realizar as recargas mensais. O resultado foi muito positivo, identificamos um grande avanço no uso e na aplicabilidade durante os cursos”, comenta Luciana.
Outro obstáculo que precisou ser superado foi o engajamento dos alunos nas aulas à distância. Para passar por esta barreira inicial, as duas empresas trouxeram recursos digitais inovadores e usaram ferramentas colaborativas nas atividades para que os alunos conseguissem registrar, comentar e compartilhar as suas percepções. O uso de textos e materiais para incentivar a transformação daquele contexto em discussão com os demais participantes, tomando-se como base a experiência e o aprendizado coletivo, também foram essenciais para ampliar o comprometimento de cada um.
E para ajudar ainda mais as famílias dos alunos e ex-alunos do curso de empreendedorismo de Santos, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, que passam por dificuldades provocadas pela pandemia, o grupo de voluntários do projeto Conecta Copersucar lançaram a campanha Abrace uma Família. A doação está aberta para participação de qualquer pessoa e o processo é simples: basta acessar a página da campanha e escolher uma entre as quatro opções disponíveis de contribuição. A cada cesta básica arrecadada no site, a Copersucar doará outra, dobrando assim o montante final de donativos. A arrecadação termina no dia 30 de abril e a distribuição será realizada pelo Instituto Crescer, responsável pelo desenvolvimento pedagógico do Programa Conecta.
Exemplos de superação
Em tempos de pandemia, empreender virou uma arte de sobreviver. No Conecta diversos negócios se reinventaram, novas ideias surgiram e um olhar mais apurado para as tecnologias e nichos, antes não percebidos, se manifestou.
É o caso da Laila Oliveira (21), moradora de Santos, dona da Power Braids, empreendedora no ramo de tranças dreads e entrelace, produto voltado principalmente para mulheres de 16 a 40 anos. Quando iniciou o curso, ela tinha pouca expectativa em relação às vendas e ao retorno que a empresa poderia dar no longo prazo. “O curso me ajudou a destravar o negócio e ampliou a minha visão, para acreditar na minha capacidade e da empresa”, contou a Laila, que ajuda na renda da família e já admite que o trabalho na Power Braids possibilite a busca de novos estudos. Ela, que ainda cursa o Conecta, já tem planos para começar a confeccionar perucas ainda nesse ano.
A Ana Carla de Moura Nogueira (31), também residente em Santos, começou a desenvolver projetos de educação ambiental quando conheceu o Conecta: “A princípio a minha ideia era de trabalhar com alimentação vegana, mas durante o curso, com auxílio dos professores, fui moldando meu modelo de negócios. Nasceu a [Re]pense suas atitudes. O Conecta foi essencial em todas as etapas da criação e desenvolvimento da empresa. Muito mais que aulas, construímos soluções.”, disse Ana Carla. Focada em educação ambiental e venda de produtos ecológicos – como escova de dente de bambu, copo e caneca de fibra de coco, talheres de bambu, ecopacks, copo e garrafa retrátil de silicone, bioglitter, canudo de inox e escova de limpeza – a [Re]pense tem como missão realizar ações que ajudem na preservação do meio ambiente. “Atuamos também na educação ambiental, falando sobre a importância da redução da carne na alimentação, de consumo consciente, da indústria da moda, entre outros temas”, completa a empreendedora.
Conecta amplia a faixa etária do curso durante a Pandemia
E o projeto social da Copersucar não é formado apenas por jovens. Neste momento de pandemia, tão difícil para todos, a organização do Programa aumentou o limite de idade para participar do curso. O objetivo é contribuir com o desenvolvimento profissional de mais pessoas, ampliando o número de famílias beneficiadas.
É o caso da Luciana Scavone Geremias (43), moradora da comunidade do Jardim Jandaia, em Ribeirão Preto (SP), mãe de três filhos, dona de casa, diarista e, agora, empreendedora. Ela não tinha recursos de internet para consultar novidades, buscar conhecimentos e nem mesmo para acompanhar as aulas. No início, ela usava o wi-fi da vizinha. Quando entrou para o curso e soube que, além de estudar, ela teria um incentivo para a recarga de celular, ficou entusiasmada e não desistiu. No curso, ela aprendeu a estruturar as ideias, a empreender, criar novos canais de vendas e comunicação com os clientes e a investir no negócio. Hoje, ela comercializa sabão caseiro. “Descobri como inovar e buscar novos clientes. A parte de vendas melhorou muito, criei canais de divulgação de forma intensa no Instagram e Facebook para disseminar meus produtos”, comenta Luciana. Atualmente, 70% dos alunos do Programa em Qualificação Profissional do Conecta solicitam a ajuda para recarga de celular, com o intuito de usar o banco de dados da internet e acompanhar as aulas.
Já a Erika Alessandra de Angeli (48), de São José do Rio Preto, fez a migração reversa para o interior. Criou a Empório De Angeli, uma rede colaborativa entre o campo e a cidade, via delivery. Segundo a Erika, o Conecta foi a ponte e o escudo para que ela pudesse cruzar todo este caminho e enfrentar os desafios, ter atenção técnica e emocional, trazendo o resgate de suas competências. Filha de migrantes de Mirassol, ela nasceu, cresceu, se formou e trabalhou na capital de São Paulo, na região do Butantã. A mudança para o Interior foi motivada pela busca de uma melhor qualidade de vida. “Por essência, todo migrante carrega consigo a esperança de uma vida melhor. A decisão de migração regressa aconteceu em um momento financeiro muito difícil em São Paulo e foi nessa mudança de cidade que encontramos forças para recomeçar, nos reinventar e fazer a diferença. O maior obstáculo numa nova cidade é a busca por acolhimento social e por oportunidades profissionais”, comenta Erika.
Desde que chegou a São José do Rio Preto, interior de São Paulo, ela participou de processos seletivos que não deram certo. Quando a pandemia chegou, o consumo de produtos mais saudáveis que era um assunto doméstico transformou-se em um trabalho. Ela criou então uma rede colaborativa de produtores rurais e empreendedores familiares e artesanais, um conceito que ainda não havia sido praticado na cidade. “Motivar pessoas, valorizar suas produções e incentivá-las a pensar em rede foi o nosso maior diferencial durante todo o processo, o que nos deu grande visibilidade. Graças ao Conecta, tivemos a oportunidade de novas conexões, de engajamento educador, de entendimento da engrenagem do empreendedorismo local, incluindo a sua cultura, as barreiras e oportunidades. Esta participação me deixou completamente apaixonada pelo projeto e me ajudou a encontrar novos espaços de atuação em São José do Rio Preto”, completa.
Atualmente, a Erika estuda formas de transformar a logística em um aplicativo de conexão direta entre os produtores e os clientes finais. A ideia é continuar aprimorando a rede colaborativa, não necessariamente de forma física, mas por meio de inovação e tecnologia. Em pouco menos de um ano, o Empório De Angeli gerou trabalho e renda para 18 famílias e atendeu mais de 300 clientes cadastrados com produtos orgânicos, naturais e artesanais.
Esporte na pandemia – Bruna Odete Mamedio Gomes (17), moradora do bairro Maria Lucia, em São José do Rio Preto, apaixonada pelo vôlei. Ela conheceu o projeto e o vôlei através da mobilização do Conecta na EE Prof. Bento Abelaira Gomes. Ela andava todo dia mais de dois quilômetros para treinar, adorava participar das aulas, raramente faltava, porém não exercia papel de liderança enquanto o projeto estava no modo presencial, mesmo sendo uma aluna muito esforçada. Quando veio a pandemia, continuou com as atividades no formato online e começou a motivar os demais colegas, pois ela acreditava que uma possível falta de aderência dos outros atletas poderia descontinuar o projeto. Porém, o mais curioso é que ela ainda começou a ensinar vôlei para sua mãe, Valdirene Ap. Gomes, incentivando-a a fazer uma atividade física mesmo neste período tão restrito.
Esporte por aplicativo – Mas como treinar vôlei pelo computador ou pelo celular? Uma das alternativas encontradas pelo Conecta foi a Gamificação, através do aplicativo “VOLLEYBALL CHAMPIONSHIP”, uma forma de aprender a regra de uma maneira divertida. O software gratuito facilita muito o aprendizado do vôlei por mostrar todos os sistemas de jogo, movimentações de jogadores, formas de atuar em uma quadra. O game trata o assunto com uma boa imitação da realidade, até com o som da torcida. Os professores criaram modelos de figuras mostrando cada movimentação por posição e atleta, o que agilizou um processo que poderia demorar mais de seis meses de aulas práticas. Isso facilitará o treino dos alunos quando as aulas presenciais forem retomadas. Atualmente, cerca de 120 jovens são atendidos de forma remota para aulas online de vôlei do Conecta, através do celular.
Sobre a Copersucar
A Copersucar é líder global na comercialização de açúcar e etanol. Seu modelo de negócio, considerado único, combina a oferta em larga escala de produtos de alta qualidade com um sistema integrado de logística, transporte, armazenamento e comercialização, no Brasil e no mercado internacional. Mais informações em: https://www.copersucar.com.br
Sobre o Instituto Crescer
O Instituto Crescer é uma Instituição fundada em 2000 que atua na área de Educação em projetos voltados à formação de professores para diferentes áreas do conhecimento, projetos de inclusão digital e qualificação profissional de jovens. Seus principais parceiros são Microsoft, Fundação Nestlé, Copersucar, Instituto Claro, Instituto CCR, Instituto EDP e Neoenergia.
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