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Categorias: Sustentabilidade
Tags: bioeletricidade, bioenergia, biogás, cana-de-açúcar, emissões atmosféricas, energia renovável, GEE, poluição, sustentabilidade
Publicado em: 11 junho 2019

Cana-de-açúcar ganha força como matriz sustentável na geração de eletricidade

As alterações climáticas causadas pela poluição atmosférica têm mobilizado o planeta na busca por energia alternativa limpa e renovável, que reduza a emissão de poluentes. Com base no Propósito da Copersucar, que é “conectar o campo ao mundo, provendo energia renovável e alimento natural para o bem-estar da sociedade”, a Política de Sustentabilidade da Companhia apoia-se em alicerces sólidos, que estabelecem diretrizes para as práticas econômicas e socioambientais, visando à continuidade do negócio e à contribuição para o desenvolvimento sustentável.

É por isso que os objetivos da Copersucar estão em consonância com os anseios globais pelo consumo consciente, e suas Usinas Sócias tornam-se atores estratégicos no ciclo produtivo de bioenergia.

Bioeletricidade
No Brasil, a produção sucroenergética, ou seja, proveniente de subprodutos da cana-de-açúcar, tem se estabelecido como instrumento de grande potencial para a mitigação dos Gases de Efeito Estufa (GEE) na matriz energética e já atinge cerca de 6,6% de toda a energia elétrica ofertada no país, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

De acordo com o Projeto SUCRE (em inglês, Sugarcane Renewable Electricity), uma iniciativa do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) com foco na cogeração de energia a partir da palha de cana-de-açúcar, o aumento da geração de eletricidade por térmicas movidas a biomassa de cana poderá reduzir 15% nas emissões de GEE no setor elétrico em até cinco anos. Em ranking divulgado pelo site novaCana, especializado no tema etanol e açúcar, 16 das 100 usinas que mais geraram bioeletricidade no país em 2018 são ligadas à Copersucar. Juntas, elas geraram 3.477,94 GWh – energia suficiente para abastecer uma cidade como Campinas (SP) pelo período de um ano, conforme dados da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo.

Levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) aponta que, em 2018, 188 usinas usaram biomassa de cana para gerar 21,45 TWh de bioeletricidade, volume 0,05% maior em relação ao ano anterior (2017). O pico produtivo foi em julho, no auge da Safra, com 3,06 TWh – recorde desde o início da série histórica, em 2014, com a região Sudeste sendo responsável por 52,18% do total (confira infográfico abaixo).

Biogás
Lançada pela Organização das Nações Unidas Meio Ambiente em parceria com a Organização Mundial da Saúde e outros órgãos internacionais, a campanha #BreatheLife  mostra o impacto da poluição do ar na saúde e no clima, com o objetivo de conscientizar as comunidades sobre a relevância de adotar hábitos sustentáveis nas grandes cidades.

Alternativa de energia renovável inédita no Brasil, o biogás será produzido por uma das Usinas Sócias da Copersucar, a Cocal, e vai abastecer duas cidades do interior paulista: Presidente Prudente e Pirapozinho (leia a reportagem da Folha de S.Paulo aqui – apenas para assinantes). Gerado a partir da biodigestão anaeróbia do bagaço, da vinhaça e da palha da cana-de-açúcar, o biocombustível de gás, que hoje é cerca de 45% mais barato do que o combustível veicular nessas cidades, tem previsão de começar a ser distribuído no segundo semestre de 2020.