O caminho do açúcar: o produto chega ao cliente
Encerramos a série de três reportagens sobre a trajetória do açúcar falando um pouco mais sobre o cliente? Após criteriosos processos de produção e logística, pautados por qualidade e eficiência, o açúcar já pode ser encaminhado para uma grande variedade de produtos.
O açúcar branco é largamente utilizado na indústria de alimentos para fabricação de itens como balas, bebidas, refrescos em pó e lácteos. Já o açúcar cristal bruto é mais utilizado no mercado industrial na produção de derivados mais específicos, como glutamato monossódico, polióis, ácido cítrico, ácido lático e açúcares líquidos, entre outros.
Segundo o gerente Comercial Açúcar MI, Marcelo Soares, o segmento de bebidas é o maior consumidor: “A maior fatia das vendas de açúcar branco na Copersucar é destinada a produção de refrigerantes, como a Coca-Cola por exemplo, nosso principal cliente nesse setor”, explica. O açúcar enviado para empresas de refrigerante passa por fases de tratamento e refino, que consistem, basicamente, na filtração para retirada de resíduos insolúveis e remoção de cor. Após ser diluído em água previamente tratada e aquecida a aproximadamente 70 °C, a solução é filtrada e tratada com resinas específicas para remoção de cor, formando o chamado xarope simples, que de acordo com as características industriais da fábrica de refrigerantes, pode conter de 54% a 67% de açúcar.
Ao xarope simples é adicionada a fórmula concentrada do sabor pretendido. Os concentrados contém os agentes de sabor, aroma e cor, além de estabilizantes, acidulantes e conservantes, podendo ou não conter suco de fruta conforme o sabor. O resultado é denominado xarope composto, que será diluído em água carbonatada (gaseificada). A diluição do xarope composto reduz a concentração de açúcar na fórmula final para a faixa de 10%. Para maior eficiência da carbonatação, a água tem a temperatura reduzida para próximo a 2 °C. O refrigerante segue, então, para envase e comercialização.