O papel das certificações no mercado internacional e na preservação do meio ambiente

20/10/2020

A certificação é muito mais que um atestado de boas práticas. Ela é o reconhecimento de um planejamento preciso e do trabalho diário minucioso e bem executado por todos os envolvidos no processo, que, consequentemente, atenderão aos requisitos e termos exigidos em cada documento.

No setor sucroenergético, onde são produzidas e comercializadas commodities, estes selos diferenciam as empresas pelos seus processos, identificando aquelas que possuem as melhores práticas agrícolas e socioambientais, permitindo uma distinção importante, em especial no comércio com outros países.

“Para a Copersucar, que tem forte atuação tanto no mercado interno quanto externo, as certificações representam a avaliação de conformidade aos padrões internacionais, garantindo qualidade dos processos, atendimento ao cliente e controle ambiental. São requisitos importantes para responder aos mercados mais exigentes, mas também para atestar a nossa contribuição para um mundo melhor”, Marcelo Soares, Gerente Comercial de Açúcar Interno da Copersucar, maior comercializadora de açúcar e etanol do mundo.

Todas as usinas associadas da Copersucar S.A. possuem processos que atendem aos mais rigorosos controles de saúde, segurança e meio ambiente. Atualmente, elas detém diversas certificações que comprovam segurança dos alimentos (ISO 22000 e FSSC 220000), rastreabilidade da cadeia produtiva considerando aspectos socioambientais na produção (Bonsucro), atendimento padrões do programa californiano de redução de emissões (LCFS – Low Carbon Fuel Standard), produção ética (SMETA – Sedex Members Ethical Trade Audit) e que garantem o padrão norte-americano para combustíveis (RFS2), a comercialização no Japão, de acordo com critérios definidos pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria (METI), entre outros.

Para o mercado europeu, a empresa conta com as certificações BonsucroTM EU RED e International Sustainability and Carbon Certification (ISCC), que asseguram os padrões de sustentabilidade exigidos internacionalmente para a cadeia de negócios, do campo ao cliente final e consideram os requisitos fundamentais para a comercialização de biocombustíveis na União Europeia. E o etanol comercializado com os Estados Unidos segue os requisitos da regulação federal da Environmental Protection Agency (EPA) os do California Air Resources Board (CARB), específicos para o mercado desse estado norte-americano.

O Porto de Santos é outro local que exige diversas regulamentações. O Terminal Açucareiro da Copersucar (TAC), por exemplo, manteve recentemente a ISOs 9001, utilizada para assegurar os sistemas de gestão da qualidade durante todo o processo, e a 14001, referente ao sistema de gestão ambiental.

Já tem alguns anos que o papel das certificações extrapolou as regras para atender as exigências sanitárias dos países que recebem os produtos exportados. Elas se diferenciam ao comprovar a produção sustentável do açúcar e do etanol e sua contribuição com o meio ambiente.

De acordo com Pedro Dinucci, presidente do Conselho de Administração da Usina São Manoel, associada da Copersucar, em entrevista para o CoperCast , cuidar do meio ambiente é uma prática que cada vez mais tem sido usada pelas usinas. “Isso tem evoluído muito ao longo do tempo e a cada dia, aprendemos um pouco mais sobre como conciliar as nossas atividades com a preservação da natureza”, comenta o executivo que ressalta que a empresa desenvolve ações de sustentabilidade há muitos anos e assinou o protocolo agroambiental do estado de São Paulo, fixando as diretrizes para o desenvolvimento sustentável da companhia.

Alguns dos métodos aplicados são extremamente sustentáveis e garantem a aprovação em diversas certificações. A água, indispensável para a produção em uma usina sucroalcooleira, por exemplo, é extraída da própria cana de açúcar durante a moagem e reutilizada no processo industrial, o que diminuiu consideravelmente a sua captação. Além disso, há investimento em soluções como a instalação de sistemas de recirculação de água, que contribuem para a preservação dos rios e a manutenção da disponibilidade hídrica nas regiões da cultura canavieira.

A vinhaça, resíduo do processo industrial da cana-de-açúcar, é outro caso de método amigável ao meio ambiente. Rica em potássio, ela é levada de volta ao campo como fertilizante, para tratar o solo e aumentar a produtividade, substituindo o uso de produtos químicos. O processo de modernização no campo, que transformou a colheita manual em um método integralmente mecanizado, eliminou a necessidade de realizar as queimadas controladas para cortar a cana-de-açúcar. O bagaço da cana de açúcar também é utilizado para gerar energia elétrica limpa. “No nosso caso, hoje 100% da energia que a São Manoel consome é gerada por nossas caldeiras e em breve vamos exportar o excedente que temos de energia para a rede elétrica” complementa Dinucci.

A proteção e recuperação da mata nativa são importantes práticas observadas pelas certificadoras e por diversos países na hora de atestar o produto proveniente da cana-de-açúcar. Pedro conta na entrevista dada ao CoperCast que o projeto de recuperação das áreas de preservação ambiental da Usina São Manoel começou em 2001, muito antes da adesão ao protocolo agroambiental. “Até o momento já plantamos cerca de 416 mil mudas de espécies nativas da região nas áreas que nós administramos. E uma parte muito interessante deste projeto é que as mudas são produzidas dentro da própria usina, com sementes que coletamos nas matas aqui do entorno. Parte deste projeto foi interligar as matas que nós já tínhamos com corredores ecológicos. E hoje, a gente já tem animais de grande porte, como onça, circulando, isso demonstra que estamos no caminho certo para o equilíbrio”, completa.

Seguindo as melhores práticas para a produção de cana-de-açúcar, as usinas sócias da Copersucar desenvolvem programas ambientais que promovem a proteção e a recuperação de aproximadamente 63 mil hectares de vegetação, entre Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais, uma área equivalente ao tamanho do município de Ribeirão Preto, no interior paulista.

Outro importante processo de certificação é a do Programa RenovaBio, que tem o objetivo de estimular a produção e o consumo de combustíveis renováveis, como o etanol de cana-de-açúcar, uma resposta do Brasil aos esforços internacionais contra o aquecimento global. Ele mensura todos os efeitos ambientais na produção do etanol, dos processos agrícolas à fase industrial, passando por dezenas de métodos adotados, determinando a Intensidade de Carbono (IC) e o desempenho ambiental de cada unidade de produção. As usinas sócias da Copersucar investiram em boas práticas e tecnologias mais eficientes para reduzir a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) e, desde o primeiro semestre de 2020, estão habilitadas para emissão dos créditos de descarbonização (CBios). “Nós temos diversos incentivos para melhorar nossos indicadores de eficiência dentro destes certificados, porque além de transformar a sua empresa em algo mais sustentável, ela é remunerada pelos serviços que está prestando para a sociedade e o meio ambiente”, conclui o executivo a Usina São Manoel.

Para conferir a entrevista na íntegra acesse o CoperCast, o mais recente meio de comunicação da Copersucar com o setor, disponível na plataforma de áudio da Copersucar no Spotify ou no Google Podcasts

Para conferir mais detalhes das práticas sustentáveis da Copersucar, acesse o relatório de GRI disponível no site da empresa.

 

Sobre a Copersucar

A Copersucar S.A. é líder global na comercialização de açúcar e etanol. Seu modelo de negócio, considerado único, combina a oferta em larga escala de produtos de alta qualidade com um sistema integrado de logística, transporte, armazenamento e comercialização, no Brasil e no mercado internacional.

Mais informações no site da Copersucar

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