
Por dentro do TAC: como é o dia a dia da manutenção elétrica no maior Terminal da Copersucar em Santos
São 7h de uma manhã quente no Porto de Santos (SP), e o técnico em Elétrica Bruno Ramalho Morine já está paramentado e animado para começar mais um dia de trabalho no Terminal Açucareiro Copersucar (TAC). “Faço o meio de campo entre o Planejamento de Controle de Manutenção [PCM], setor que planeja o serviço que tem de ser feito nas máquinas, e quem executa a tarefa, que compete à equipe da Manutenção Preventiva e Corretiva”, explica.
Nesta segunda reportagem da série sobre o funcionamento do TAC, é possível conhecer um pouco mais sobre a área de Manutenção do Terminal sob a ótica de Bruno, que é um dos 65 colaboradores da equipe de Manutenção.
Contratado há três anos como eletricista para a Manutenção Preventiva, desde abril último, ele é o responsável por gerir os processos de inspeção e garantir o bom funcionamento dos equipamentos na descarga, que envolve o recebimento e o armazenamento de açúcar a granel e grãos nos três armazéns do Terminal Açucareiro da Copersucar.
De segunda a sexta-feira, sua rotina diária começa com o Diálogo Diário do Sistema Integrado de Gestão (DDSIG), uma conversa focada em promover a segurança por meio da exposição de temas e informações importantes junto às equipes. Neste mesmo encontro aproveita-se para atualizar o time que chega sobre as ações realizadas e a realizar. Participam todos os membros da equipe de elétrica, em torno de 12 pessoas.
A tarefa seguinte é no escritório, onde checa os e-mails e verifica o status dos processos em andamento. Ele acompanha tudo em detalhes, desde atuar junto com a equipe de suprimentos para desenvolver e contratar novos fornecedores alinhados com a política de compras da Copersucar. Ele também recebe as peças no TAC, e monitora in loco a troca de equipamentos. “Meu trabalho só termina quando tudo estiver funcionando bem”, afirma Bruno.
A seguir, o técnico inicia o roteiro de inspeção nos equipamentos nas áreas operacionais. Quando há reparos ou intervenções a realizar, ele preenche a ordem de manutenção para inspeção, detalhando tudo o que precisa ser feito em uma planilha com fotos da peça ou da parte elétrica a ser consertada, e o passo a passo do serviço a ser executado, a fim de orientar com precisão a equipe de manutenção que fará o trabalho.
Valorização profissional
Fascinado pelo universo da elétrica, o técnico começou a vida acadêmica no Senai, aos 15 anos. Hoje, aos 33 anos, ele admite que gosta muito de estudar. Formado em Eletrotécnica pela Escola Politécnica Treinasse e tecnólogo em Automação Industrial pela Escola e Faculdade Fortec, ambas na Baixada Santista, também possui no currículo MBA em Gerenciamento de Projetos, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Casado e pai de um casal – um menino de 15 anos e uma menina de 5 anos –, Bruno sente-se privilegiado pela família que constituiu e pela carreira conquistada. “É bom acordar todas as manhãs e seguir para uma empresa em que me sinto valorizado, na qual existe muito respeito pela segurança e integridade das pessoas”, conta. “Tenho gratidão a Copersucar, por me dar a chance de crescer e de proporcionar uma vida melhor para os meus filhos.”
A grandiosidade do TAC
Dotado de equipamentos modernos e atualizados tecnologicamente, e de processos de gestão em linha com as melhores práticas do mercado sucroenergético, o Terminal Açucareiro Copersucar (TAC) funciona 24 horas, sete dias por semana, movimentando, em média, 36 mil toneladas diárias de açúcar a granel. Sua capacidade estática de armazenagem é de 300 mil toneladas e os três shiploaders (carregadores de navio) conseguem embarcar até 5,4 mil toneladas por hora nos navios que zarpam do maior porto exportador da América Latina rumo ao Oriente Médio, Norte da África e Ásia, entre outros países. Hoje, sua capacidade de embarque alcança 8,5 milhões de toneladas por ano – também escoa soja e milho, em menor escala. Em novembro último, o TAC bateu o recorde de embarque em um só navio: 82.330 toneladas, em uma operação que durou 49 horas.