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Publicado em: 17 abril 2023

Usinas do setor sucroenergético priorizam conservação do solo

No último sábado, dia 15 de abril, comemorou-se o Dia Nacional da Conservação do Solo. A celebração, inciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) promulgada em 1989, tem o intuito de provocar debates sobre a importância deste recurso natural para toda a sociedade.

“Atuamos em um setor que preza por boas práticas de manejo e conservação no solo, o que é essencial para a preservação dos recursos naturais, a eficiência no consumo de insumos e para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Começa no cuidado com o solo nossa contribuição para o desenvolvimento sustentável”, comenta Dalbi Arruda, diretor de Sustentabilidade, Pessoas e Comunicação da Copersucar.

As 37 usinas associadas à Copersucar S.A., maior plataforma de açúcar e etanol do mundo, distribuídas em quatro estados (SP, PR, MG e GO), avançaram bastante na frente de conservação do solo. Além de práticas associadas à agricultura regenerativa como plantio direto, rotação com outras culturas e o uso de biofertilizantes dentro de áreas próprias, merecem destaque as ações para recuperação de áreas degradadas em programas de conversão em lavoura ou ainda de preservação de matas nativas.

A preservação das áreas florestais em unidades produtoras é um dos fatores que contribuem para o combate à erosão e manutenção da umidade no solo. Somadas, elas preservam, atualmente, mais de 110 mil hectares de vegetação, conservando os recursos hídricos, de nascentes e rios, protegendo o solo e a fauna, além de absorver carbono da atmosfera. A recuperação florestal por meio do plantio de mudas de espécies nativas e condução da regeneração natural é outra atividade promovida pelas usinas sucroalcooleiras que também favorece a preservação do solo.

E para cuidar do solo, também é fundamental cuidar da água. Neste contexto, as unidades sócias da Copersucar vêm atuando no aprimoramento dos processos produtivos com foco no uso eficiente dos recursos hídricos. Nas últimas quatro safras, houve uma redução de 43% na captação de água sendo que a grande maioria (86%) teve origem em fontes superficiais.

Vale lembrar que na produção industrial de açúcar e etanol, outros produtos são gerados e que contribuem com a fertilidade do solo.  É o caso da vinhaça, utilizada por todas as usinas da Copersucar para elevar a qualidade do solo no cultivo, por ser rica em potássio; e da torta de filtro e as cinzas das caldeiras, ricas em fósforo, coprodutos utilizados como corretivos do solo.

Um bom exemplo

O Grupo Ipiranga Agroindustrial, associado da Copersucar e que possui quatro usinas localizadas no interior de São Paulo e Minas Gerais (Mococa, Descavaldo, Passos e Iacanga), tem um forte trabalho no cuidado com o solo que une inovação, educação e conscientização.

Estas usinas executam ações detalhadas no trato com o solo que começa bem antes do plantio, no planejamento, com uso de drones e imagens de satélite que possibilitam traçar a topografia e fazer nos computadores o georreferenciamento e altimetria, para, entre outras ações, avaliar o direcionamento da água para que não ocorra erosão no terreno, corrigindo possíveis falhas. “Realizamos uma completa sistematização e preparo do solo para entender o relevo para manejo das águas. Da tela do computador, todo o processo é direcionado para as máquinas através de sistemas GPS, tudo milimetricamente determinado e executado”, comenta Denis Lucas da Silva, Supervisor de Meio Ambiente do Grupo Ipiranga.

E para que este avanço não fique apenas nos limites dos canaviais das usinas, o grupo tem uma parceria com instituições de ensino universitário – FIB (Bauru), FATEC (Mococa), UNIVERSIDADE BRASIL (Descalvado) e UENG (Passos) – com o objetivo de trocar experiências com os alunos. Por meio da criação do Dia da Conservação do Uso do Solo, a empresa recebe centenas de estudantes universitários de cursos de engenharia agrônoma e de engenharia ambiental para mostrar a importância das práticas ambientais e o uso da tecnologia, o que inclui temas como o manejo adequado da cana e o cuidado com o solo.

“Aqui eles conseguem ter a vivência na prática. Adquirem um conhecimento que eles poderão levar para o mercado, disseminando boas práticas ambientais aliadas às novidades mais modernas do agronegócio. É muito gratificante ver no rosto de cada aluno a alegria pela descoberta de um jeito de atuar que muitas vezes eles desconheciam”, completa Silva.